domingo, 12 de março de 2017

Olá, como estão?






Esta sou, ou melhor, estou eu. Faz tempo que não apareço, eu sei. Estava evitando me olhar. Fingir que está tudo bem é mais fácil do que tentar entender essa angústia que continua sob a pele. Angústia de existir, simplesmente. Nos últimos tempos, porém, aconteceram coisas interessantes, que gostaria de compartilhar. Uma delas é o medicamento Atip que comecei a tomar ha dois meses e que retirou meus pesadelos. Sinto-me mais leve com isso. Tenho conseguido até ter sonhos divertidos. Ainda não tenho um bom equilíbrio do horário de sono, mas ter a mente livre daqueles malditos pesadelos é uma benção. Outra coisa é que tenho sonhado acordada. Não em nível de planejamento ainda, mas tenho sonhado em ser melhor. Meu pai tem enfrentado um câncer e isso tem mexido com todos nós. Eu queria dar um presente para ele, queria passar num vestibular para Direito ou algo assim para ele se orgulhar de mim. Ele investiu muito na minha educação e na do meu irmão e sinto que nós não correspondemos. Eu hoje recebo um salário mínimo como aposentadoria e meu irmão um pouco mais que isso. Eu não fui capaz de dar conforto para meus pais. Meu pai, assim, debilitado, sonha em ter um carro para ir até a igreja ou o médico e eu sei que consigo dirigir se treinar muito. Mas não tenho dinheiro para nada, às vezes nem para o básico... Vou comer sempre na casa dos meus pais e ando com trapos... Sinto que fracassei e sonho em reverter essa situação. Tem que ser rápido, não sei quanto tempo meu pai tem, ele mesmo diz isso o tempo todo. Meus pais são pessoas maravilhosas, merecem uma filha mais focada, e com algum retorno em nível de conforto.

Eu sou capaz, eu conseguirei.

Quanto à minha feiúra, não estou ligando muito. Estarei mais preocupada em relação a isso em meados de Junho quando algo bombástico vai acontecer na minha vida, mas isso eu conto outro dia.

Mil beijos,
Denise.

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