segunda-feira, 31 de julho de 2017

Medo

Meu pai tá morrendo e to com medo de perder minha mae...

Minha vontade é de ficar dentro do quarto pra sempre.

segunda-feira, 13 de março de 2017

Apresentando o namorado.


Eu podia estar estudando, eu podia estar aprendendo mas estou aqui fazendo vários nadas.

Eu tenho pressa. Sinto meu cérebro perder a vitalidade e em breve vou estar sem memória e sozinha. Meus pais se vão, meu irmão tem família e problemas e eu não tenho ninguém para cuidar de mim na velhice. Antigamente eu achava que tinha um plano D (não é B, é D, de desespero), mas hoje não tenho coragem e provavelmente vou perder minhas faculdades mentais e se não tiver quem cuide de mim, vou sofrer e sofrer sem nem saber o que é plano D.

Tenho que me concentrar e estudar. Perdi uma semana inteira porque tive problema de entender a pedagogia de um site no qual me matriculei e fiquei perdida entre videos e videoa e matérias sem saber o que fazer. Como uma coisa simples para mim é tempestade quando eu não entendo o que está acontecendo, simplesmente não fiz nada. Estou há dois dias sem dormir. Mas amanhã prometo para mim que vou me erguer e voltar a estudar, não sei se dá tempo de ver tudo, mas alguma coisa é melhor que nada.

Meu plano é voltar a trabalhar. A universidade vai me ajudar nisso porque vou ter que ter uma rotina e há mais de dez anos que rotina é um grande problema. Preciso fazer algo que me renda algum dinheiro. Preciso dar algum conforto a meus pais e preciso ter algum dinheiro pra ir para algum asilo quando eu não tiver mais ninguém.

Tenho um namorado muito fofo. Se chama André, é meu grande amigo. Nos vemos pessoalmente algumas vezes, mas ele mora longe. Ele é uma pessoa que me acalma, me põe nos eixos, amo muito meu novinho. Mas dentro de mim, no fundo de meu coração, tenho trauma de tanta gente que já passou por minha vida e não aguentou a bipolaridade. Ele diz que aguenta. Namoramos virtualmente há quase três anos mas eu acho que ninguém seria capaz de se doar ao ponto de me levar pra vida sabendo que eu posso ser uma idosa débil. Não adianta ninguém ficar dizendo que estou exagerando... Eu tenho uma memória tão curta, tão ruim, além de um histórico de "caduquice" bem preocupante na família.  E não tenho coragem de arrastar ninguém para minha vida sabendo que vai sofrer por minha causa. As cicatrizes que Fernando deixou não curaram, são cruéis mas reais e eu não posso seguir adiante sem olhar para elas objetivamente e traçar alguma estratégia para sobreviver.



domingo, 12 de março de 2017

Olá, como estão?






Esta sou, ou melhor, estou eu. Faz tempo que não apareço, eu sei. Estava evitando me olhar. Fingir que está tudo bem é mais fácil do que tentar entender essa angústia que continua sob a pele. Angústia de existir, simplesmente. Nos últimos tempos, porém, aconteceram coisas interessantes, que gostaria de compartilhar. Uma delas é o medicamento Atip que comecei a tomar ha dois meses e que retirou meus pesadelos. Sinto-me mais leve com isso. Tenho conseguido até ter sonhos divertidos. Ainda não tenho um bom equilíbrio do horário de sono, mas ter a mente livre daqueles malditos pesadelos é uma benção. Outra coisa é que tenho sonhado acordada. Não em nível de planejamento ainda, mas tenho sonhado em ser melhor. Meu pai tem enfrentado um câncer e isso tem mexido com todos nós. Eu queria dar um presente para ele, queria passar num vestibular para Direito ou algo assim para ele se orgulhar de mim. Ele investiu muito na minha educação e na do meu irmão e sinto que nós não correspondemos. Eu hoje recebo um salário mínimo como aposentadoria e meu irmão um pouco mais que isso. Eu não fui capaz de dar conforto para meus pais. Meu pai, assim, debilitado, sonha em ter um carro para ir até a igreja ou o médico e eu sei que consigo dirigir se treinar muito. Mas não tenho dinheiro para nada, às vezes nem para o básico... Vou comer sempre na casa dos meus pais e ando com trapos... Sinto que fracassei e sonho em reverter essa situação. Tem que ser rápido, não sei quanto tempo meu pai tem, ele mesmo diz isso o tempo todo. Meus pais são pessoas maravilhosas, merecem uma filha mais focada, e com algum retorno em nível de conforto.

Eu sou capaz, eu conseguirei.

Quanto à minha feiúra, não estou ligando muito. Estarei mais preocupada em relação a isso em meados de Junho quando algo bombástico vai acontecer na minha vida, mas isso eu conto outro dia.

Mil beijos,
Denise.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Crenças.....


Pena

a juíza das minhas loucuras
é severa demais pra me inocentar

não cobra depoimentos
nem sopra os ferimentos da tortura

simplesmente decreta pra minha culpa
prisão domiciliar
Martha Medeiros

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Medo

Amanhã pretendo viajar para comemorar o aniversário de minha avó, mas estou tremendo de medo. E esse medo me irrita! Não é medo de transporte, nem de nada que eu entenda como lícito. É mesmo medo de estar no meio das pessoas, de ter de dividir meu espaço, de conversar, de sair de minha zona de conforto. Meus parentes são muito alegres, religiosos, atenciosos, mas mesmo assim estou desde ontem com dores de barriga, tonturas... Pavor.

Eu nem comentei com minha mãe senão ela ia ficar preocupada e não ia viajar para a festa da mãe dela. Arrumei minha malinha e estou sem fôlego, tomei calmante, mas não quero desistir. Minha avó ligou para cada neto e exigiu a presença, não quero deixa-la triste, e no fundo sei que encontrar minhas primas vai ser divertido. Mas estou com medo... Como explicar?? Eu nem sei descrever o que estou sentindo... Não é mau pressentimento, nada disso. Simplesmente uma agonia que caminha lado a lado da certeza de que tudo vai ficar bem.

Só por sentir isso já me sinto A esquisita. Fico me imaginando com o celular na mão fazendo qualquer coisa boba para não ter de ser obrigada a fazer nada que eu não queira. E imagino meus tios falando/fazendo besteira - melhor não comentar, parar por aqui.

Ah, quem lê pode pensar que é uma viagem longa, mas na verdade vou chegar lá no sábado à noite e partir no domingo após o almoço. Pode rir da minha cara e dizer que é uma bobagem sem tamanho, que é idiotice minha. Eu sei, mas saber não muda nada.